Comemorações coletivas melhoram a qualidade de vida de pessoas em vulnerabilidade

Aniversariantes do mês, festa junina, dia das Mães, dia dos Pais, Natal. Você já deve ter visto por aqui as comemorações de determinadas datas festivas em algumas unidades da Associação Reciclázaro. Mais do que um momento de descontração, essas celebrações são fundamentais para as pessoas em situação de vulnerabilidade.

Geralmente marcadas por relações sociais fragilizadas, essas pessoas precisam reestabelecer algumas bases que foram abaladas em alguma etapa de suas vidas. As comemorações não apenas oferecem uma pausa com vivências de alegria, como também possibilitam a aproximação entre os conviventes e estimulam a criação e o reforço de vínculos afetivos, essenciais para a retomada da confiança, da autonomia e da autoestima.

Independentemente do tipo de vulnerabilidade, as celebrações coletivas trazem o fortalecimento individual para a busca de novos relacionamentos e proporcionam a interação para compartilhar valores e emoções. “As comemorações colaboram para a empatia e o sentimento de pertença. Trazem a melhoria das relações e o rompimento de barreiras, reduzindo também as distâncias entre os conviventes e os profissionais que os atendem”, afirma Zilda Vicente da Silva, assistente social da Casa São Lázaro.

O desenvolvimento pessoal ainda é beneficiado por meio da troca de experiências, como se verifica, por exemplo, entre os atendidos no Centro Dia Guadalupe. “Os idosos têm muito a acrescentar com sua experiência de vida, mas muitas vezes são excluídos em seu entorno. Essas comemorações trazem para perto deles a família, que é convidada a participar, fortalecendo os vínculos, além de pessoas de outras faixas etárias, com quem podem estabelecer trocas”, afirma Regina E. Yamamoto, terapeuta ocupacional da unidade.

Os eventos auxiliam ainda na atuação em atividades globais. Cada convivente participa de todo o processo, da confecção de elementos que vão decorar o ambiente à montagem final. “Há uma estimulação global. Física, cognitiva, emocional, que incentiva o seguir em frente”, finaliza Regina.